D$ Luqi lança “COLEUS”: Um diário de mágoas, resistência e batidas viciantes

Postado dia:

Novo álbum do rapper carioca transforma dor em arte e já está disponível nas plataformas digitais

O rapper D$ Luqi acaba de lançar “COLEUS”, um álbum intenso e visceral que mergulha nas complexidades do rancor, do amor e da busca por pertencimento. Disponível a partir desta sexta-feira (14), o projeto reúne nove faixas produzidas por nomes como Raiashi, Jango e Vidari, explorando sonoridades que transitam entre o trap sombrio e o glitch hop dançante.

Antecipado pelo single “koi no yokan freestyle”, que já ultrapassa 180 mil streams, o disco consolida Luqi como uma das vozes mais autênticas de sua geração. Em entrevista, o artista define o álbum como “um diário aberto”, repleto de emoções cruas e batidas afiadas.

O título “COLEUS” faz referência à planta conhecida como “coração magoado”, simbolizando a dualidade entre dor e resistência. Essa ambiguidade se reflete nas letras afiadas do álbum, que mesclam espiritualidade, desilusões amorosas e críticas sociais. Na faixa de abertura, “os humilhados serão exaltados”, Luqi evoca justiça ancestral com versos carregados de resiliência: “Nunca esqueci de quem tacou pedra quando eu tava por baixo / Quem me protege não dormiu, ele tá palmeado.” Já em “eu não aguento mais”, o rapper desabafa sobre o colapso de um relacionamento, enquanto “adrenocromo” brinca com teorias da conspiração para narrar uma dependência emocional sufocante.

Entre os destaques do álbum, “corvos guardam rancor” se sobressai como um hino de resistência, onde Luqi transforma humilhação em combustível para seguir em frente. No interlúdio “lucas tinha um sonho”, ele aborda a saúde mental na periferia com uma narrativa sensível e dolorosa, ecoando realidades invisibilizadas.

O disco se encerra com “sublime nostalgia”, um retrato melancólico da era digital, onde o rapper reflete sobre conexões perdidas e a superficialidade das interações virtuais. Com melodias etéreas e sintetizadores suaves, a faixa fecha o projeto com um clima de despedida. Nascido em Duque de Caxias, D$ Luqi imprime em “COLEUS” suas referências e experiências pessoais. Em “koi no yokan freestyle”, ele homenageia o Deftones, banda que marcou sua juventude, enquanto em “segue o baile”, transforma uma desilusão amorosa em um hit de batidas aceleradas.

O álbum também dialoga com as angústias da geração Z, abordando temas como a dependência digital (“Minha felicidade, uma notificação”) e a incerteza nos relacionamentos (“Pra que tanta briga? Isso não tem a ver”).

Sobre a recepção do álbum, Luqi é direto: “Se alguém ouvir ‘lucas tinha um sonho’ e se sentir menos sozinho, ou ouvir ‘corvos’ e entender que rancor pode virar força, meu trabalho tá feito. COLEUS é um abraço pra quem nunca foi abraçado.” Ele reforça que cada faixa foi escrita como se fosse a última, sem metáforas embelezadas: “É sangue, suor e lágrima mesmo. Até as batidas foram escolhidas pra cortar, não pra agradar.” Com essa intensidade, “COLEUS” se posiciona como um dos lançamentos mais autênticos e impactantes do rap nacional em 2025.

Compartilhar:

Populares

Mais sobre isso:
Relacionados

Tília leva seu show ao Réveillon Amoré e encerra 2025 na virada oficial do Rio de Janeiro

Após ano histórico, artista encerra agenda com 100 shows e apresentações em grandes palcos do país Créditos: Lucas Fernandes FOTOS EM ALTA AQUI A cantora, DJ e streamer Tília se apresentou nesta segunda-feira (29) no Réveillon Amoré, um dos eventos de Ano Novo mais requisitados do país. O festival reúne grandes nomes da música nacional, como Luan Santana, Léo Foguete, Matheus & Kauan e Dennis DJ, consolidando-se como um dos principais palcos da virada no Brasil.Agora, a artista se prepara para subir ao palco do Rio Réveillon 2026, na virada oficial da capital carioca — considerada a maior celebração de Ano Novo do mundo. A apresentação acontece no Palco Sesc […]

Anitta e Priscila Senna surpreendem multidão no Recife ao cantarem juntas, pela primeira vez, o feat “Cheio de Vontade”

Encontro histórico aconteceu durante o Virada Recife, na noite do último domingo (28) Crédito: Kaio Cads –  Há encontros que parecem nascer do próprio ritmo do Brasil, que unem força, história e a potência de mulheres que arrastam multidões com sua arte. Foi nesse clima de celebração e diversidade musical que Priscila Senna e Anitta se encontraram no palco do Virada Recife, protagonizando um dos momentos mais marcantes do festival e dando início a uma parceria aguardada pelo público: o feat inédito em “Cheio de Vontade”. O encontro histórico aconteceu durante a segunda noite do Virada Recife, quando Priscila Senna […]

Remix de “Sina de Ofélia”, de DJ EME, explode e bate 6 milhões de views no Instagram e Youtube

Em poucos dias, o remix de EME já soma milhões de visualizações entre Instagram Reels, YouTube e repostagens orgânicas Créditos: Divulgação FOTOS EM ALTA AQUI O que começou como um remix virou um sucesso nas redes sociais. DJ EME está por trás da versão que transformou “Sina de Ofélia”, música feita com inteligência artificial com a voz de Luísa Sonza , em um dos áudios mais virais do Brasil neste momento.Em poucos dias, o remix de EME já soma seis milhões de visualizações entre Instagram Reels, YouTube e repostagens orgânicas, sendo usado em vídeos emocionais, trends de fim de ano e conteúdos que não param de se multiplicar.Só no Instagram, o áudio aparece […]

‘Maluco, Rei e Poeta’, o novo single de Zé Geraldo e Landau, celebra mais de vinte anos de encontro, respeito e muita amizade.

A canção resgata influências de Raul Seixas, Roberto Carlos e Bob Dylan, unindo poesia, memória e reverência aos ícones que marcaram gerações. Tudo se deu em 2002 na cidade de Borda da Mata, na região do sul do Estado de Minas Gerais. Zé Geraldo e equipe estavam com o show marcado e coube ao então prefeito, comunicar ao Zé sobre um garoto de Alfenas – grande admirador do seu trabalho – que estava muito interessado em conhecê-lo e fazer a abertura do show. Zé prontamente disse em alto e bom som: “Bota o garoto aí pra tocar”. Assim que chegaram […]